Superintendente de Meteorologia e Oceanografia
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CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA SUPERINTENDÊNCIA DE METEOROLOGIA E OCEANOGRAFIA INSTRUÇÃO ESPECIAL N o CHM 002/2008
1 ApresentaÇÃo 1.1 - Situação O PIRATA Pesquisa Piloto com Rede de Bóias Fixas no Atlântico Tropical é um projeto implementado por meio de cooperação entre instituições científicas do Brasil, da França e dos Estados Unidos da América, tendo como propósito estudar as interações entre o oceano e a atmosfera que sejam relevantes para o entendimento da variação do clima nessa região. Esses estudos têm por instrumento uma rede de bóias fixas do tipo ATLAS, que coletam e disseminam, por satélite, dados meteorológicos e oceanográficos. Quinze bóias ATLAS compõem atualmente essa rede, oito das quais têm sua manutenção sob a responsabilidade da parte brasileira do projeto, por intermédio da DHN e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sendo cinco do projeto original e três de sua extensão SW. Durante a Operação PIRATA BR-X, o NOc Antares executará o recolhimento, a manutenção e o lançamento de oito bóias de fundeio do tipo ATLAS, que compõem a atual rede sob responsabilidade brasileira, além da coleta de dados oceanográficos e meteorológicos, na região compreendida entre Vitória-ES e o paralelo de 15º N e os meridianos de 030º W e 038º W. 1.2 Propósito Manter a operacionalidade das oito bóias ATLAS, que constituem a contribuição brasileira ao Projeto PIRATA. 1.3 - Informações Sobre a Região Constam dos Roteiros Costa NORTE, Costa LESTE e do Apêndice I. 2.1 Bóias Meteorológicas/Oceanográficas O NOc Antares deverá recolher e lançar as bóias de fundeio do tipo ATLAS, nas posições de nº 1 a 8, cujas coordenadas geográficas são listadas no Apêndice II. O material utilizado nas fainas de fundeio deverá ser previamente inspecionado por engenheiro do CPTEC/INPE embarcado . Eventuais procedimentos solicitados pela equipe científica embarcada, que não puderem ser executados, deverão ser esclarecidos no Relatório de Fim de Comissão. 2.2 Oceanografia Física a) CTD O NOc Antares deverá ocupar as estações, cujas coordenadas geográficas são listadas no Apêndice II e efetuar perfilagem vertical de temperatura e salinidade, com o equipamento CTD SBE 9PLUS completo, utilizando os dois pares de sensores de condutividade e temperatura, da superfície até a profundidade mínima de 1000 metros para as posições onde as bóias estão fundeadas e 500 metros para as demais, observando as Instruções Técnicas L-18. As estações de CTD na posição das bóias ATLAS têm como finalidade a calibração dos sensores fundeados e devem ocorrer enquanto os sensores estão na água, preferencialmente antes do recolhimento do fundeio para calibração de todo o período que estes estiveram funcionando. É desejável que a estação de CTD nas posições das bóias atinja a profundidade distante 100 metros do fundo, ou, na impossibilidade deste, até 3000 metros de profundidade. Devem ser coletadas amostras d'água para calibração dos sensores (ver item b). Ao longo de 038º W e ao longo da Extensão SW as estações de CTD, preferencialmente, devem seguir uma seqüência ou de sul para norte ou de norte para sul para preservar a sinopticidade dos dados. O pesquisador do INPE embarcado deve ser consultado para definir, junto com a equipe do navio, a melhor estratégia na reorganização das estações de CTD. O navio deverá observar o correto preenchimento do cabeçalho do formulário DHN-6212-A, inserindo as informações meteorológicas correspondentes às estações realizadas. b) Coleta de Amostras d'água O navio deverá utilizar o sistema CTD/ROSETTE para coleta de amostras d'água, disparando a ROSETTE durante a subida do conjunto, nos níveis abaixo descritos: na superfície ( 3 a 5m); próximo ao final da camada de mistura; próximo ao início da termoclina; no meio da termoclina; próximo ao final da termoclina; próximo ao início da camada profunda; no meio da camada profunda; e na profundidade final de coleta. O seguinte critério deverá ser observado: até 100m de profundidade: 4 níveis (na superfície, no final da camada de mistura, no final da termoclina e na profundidade final de coleta); entre 100 e 1000m de profundidade: 6 níveis (na superfície, próximo ao final da camada de mistura, próximo ao início da termoclina, próximo ao final da termoclina, próximo ao início da camada profunda, e na profundidade final de coleta); e acima de 1000m de profundidade: nos 8 níveis acima descritos. As amostragens serão realizadas em todas as estações dos perfis e armazenadas em frascos âmbar para análise, a posteriore , em conjunto com o CHM. c) Observações Batitermográficas Realizar observações batitermográficas com o equipamento XBT, nas travessias, segundo os critérios estabelecidos no documento da referência c ; exceto quando forem realizadas as estações oceanográficas em distâncias inferiores a 60 milhas . Para a realização dos lançamentos de XBT deverão ser cumpridas as determinações da publicação da referência d . Após cada lançamento, transmitir a mensagem BATHY correspondente, precedência PREFERENCIAL, utilizando o Modelo DHN-6219-3, conforme preconizado na publicação da referência e . d) Correntometria Executar perfilagem contínua de correntes utilizando o Perfilador Acústico de Correntes (ADCP) ao longo das travessias, interrompendo apenas quando a profundidade local for inferior a 50m. A perfilagem não deverá ser interrompida durante as estações oceanográficas. Na pernada em que o Navio for realizar a manutenção da bóia nº 1, sua derrota deverá ser planejada de modo a estar sobre o meridiano de 038° W a partir da isobatimétrica de 200m (f = 03° 10' S), tanto na subida quanto na descida da radial em questão. O navio deve evitar o afastamento desse meridiano, a fim de ser efetuada a calibração dos dados adquiridos de ADCP, pela equipe do INPE, por ocasião do seu pós-processamento. Todos os arquivos de configuração e de inicialização do ADCP deverão ser enviados ao CHM juntamente com os dados. Os arquivos com dados brutos deverão ser enviados em mídia separada dos demais, para arquivamento no BNDO. e) Termossalinógrafo Realizar observações a cada duas milhas, durante a Comissão. f) Oxigênio Dissolvido Realizar análise do oxigênio dissolvido em todas as amostras de água coletadas. Após as análises de oxigênio dissolvido e o cálculo do percentual de saturação, lançar os valores calculados nos campos próprios do formulário DHN-621. Encaminhar ao CHM a planilha de cálculo em arquivo digital. g) Lançamento de Bóias de Deriva Em apoio ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA) o navio deverá lançar seis (6) bóias de deriva, observando os procedimentos de lançamento constantes do Apêndice III. Após cada lançamento enviar mensagem PREFERENCIAL ao CHM contendo as informações sobre o número de série da bóia de deriva, data-hora, latitude e longitude de lançamento. As bóias deverão ser lançadas nas seguintes posições (sugeridas) constantes do Apêndice III ou a critério do Comandante do Navio, em concordância com o pesquisador do INPE embarcado, caso ocorra algum fenômeno ou perfil oceanográfico relevante. 2.3 Meteorologia a) Realizar observações meteorológicas de superfície nos horários sinóticos principais e intermediários. Preencher o modelo DHN-5934-3 e transmitir as mensagens SHIP, precedência PREFERENCIAL, correspondentes aos horários principais (modelo DHN-5938-3); b) Verificar a qualidade do recebimento dos boletins meteorológicos transmitidos pela ERMRJ, bem como o cumprimento dos horários e freqüências de suas transmissões, conforme estabelecido no Apêndice IV-3 da referência f . Apresentar os resultados, por horário de transmissão e tipo de emissão, no Relatório de Fim de Comissão; c) Monitorar, diariamente, o recebimento das cartas meteorológicas transmitidas por fac-símile pela ERMRJ, nas freqüências e horários constantes no Apêndice IV-4 da referência f . Participar ao CHM qualquer irregularidade, por meio de mensagem, precedência PREFERENCIAL; d) Enviar mensagens de perigo ou especiais, caso seja observada alguma das situações apontadas no subitem 4.2.3 da Lista da referência f ; e) Efetuar comparações diárias entre o tempo observado, o METEOROMARINHA e a Previsão Meteorológica Especial, de acordo com a referência g , apresentando os resultados no Relatório de Fim de Comissão; f) Efetuar lançamento de radiossonda, de acordo com a solicitação da equipe científica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) embarcada , se possível observando o horário sinótico de 1200Z. Transmitir as respectivas mensagens TEMP, de acordo com a publicação da referência h . Ao término da Comissão, enviar ao CHM, os arquivos digitais, contendo os parâmetros e os arquivos gerados pelo software METGRAPH. Todo o material necessário, bem como os lançamentos das radiossondas, estará a cargo do INPE; e g) Proceder chamadas, sempre que possível, às estações costeiras que compõem a rede da EMBRATEL, com o objetivo de verificar a efetiva disseminação das previsões do tempo a pedido, efetuada por aquela rede, como também a qualidade das recepções de VHF e HF. Apresentar os resultados no Relatório de Fim de Comissão. 2.4 Auxílios à navegação a) Apresentar, sob forma de texto definitivo, propostas de alterações que devam ser efetuadas nas informações constantes do Roteiro sobre as áreas levantadas e navegadas, especialmente nos seguintes itens: descrição da costa, reconhecimento e demanda, pontos característicos, perigos, ventos, marés, correntes, instalações, recursos portuários e suprimentos. Ainda que não haja alterações aos itens do Roteiro acima especificados, tal situação deverá ser explicitamente informada no relatório final; b) Informar ao CHM por mensagem, precedência PREFERENCIAL, com informação ao CAMR, as alterações observadas no balizamento, especialmente quanto ao alcance, posicionamento e característica dos sinais luminosos; e c) Informar ao CHM por mensagem, precedência PREFERENCIAL, quaisquer irregularidades do fundo (altos-fundos) que sejam consideradas como perigo à navegação. 3 RECURSOS 3.1 Recursos Humanos a) os do próprio Navio; e b) equipe Técnico-Científica embarcada. 3.2 Recursos Materiais e Financeiros Os do próprio Navio e os fornecidos pelo INPE. 4 - RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS a) Informar ao CHM, por mensagem, o início e o término de cada etapa dos trabalhos; b) Logo após o regresso da Comissão, encaminhar diretamente ao Banco Nacional de Dados Oceanográficos (CHM-20) o Relatório Sumário de Comissão (ROSCOP), de acordo com o modelo preconizado pela Comissão Oceanográfica internacional (COI); c) Obter, junto ao Coordenador Científico da Comissão, o relatório referente às atividades desenvolvidas durante a Comissão; e d) Está autorizado, ao término da comissão, o fornecimento de todos os dados brutos coletados e pré-processados, e constantes de inicialização dos equipamentos à equipe científica do INPE embarcada. 5 - RELATÓRIO FINAL O NOc Antares deverá elaborar Relatório de Fim de Comissão nos moldes da Instrução Técnica A-03 (referência b Relatórios de Levantamentos Hidroceanográficos), adaptando-o às peculiaridades da comissão. A data da entrega do relatório deverá ser agendada junto ao CHM-22 e o Relatório deverá ser também encaminhado em meio digital. Os anexos/mídias de cada comissão deverão vir dispostos separadamente, por comissão. O Relatório Final deverá incluir: a) Uma cópia da Instrução Especial, incluindo seus apêndices; b) Uma relação de todas as estações de CTD e lançamentos de XBT, em ordem cronológica, incluindo data-hora em fuso ZULU , posição, número da estação/lançamento, profundidade local, modelo CTD/tipo de probe e nome do arquivo; c) Croquis das estações planejadas, ressaltando em cor diferente as estações NÃO realizadas; d) Cópia das Fichas de Calibração do CTD e dos termômetros utilizados na Comissão; e e) Cópia do Relatório Sumário de Comissão (ROSCOP); e f) Fotos documentadas das fainas realizadas a bordo. 6 APÊNDICES I - Sumário Climatológico da Área de Operações; II - Relação de Coordenadas das Bóias e das Estações Oceanográficas em apoio à comissão PIRATA BR-X; e III - Instruções para lançamento de bóias de deriva e Coordenadas de lançamento das bóias.
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